quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Apresentações do último módulo

Caros colegas

A seguir, links para as apresentações realizadas nos dias 4 e 5 de novembro, durante o último módulo da capacitação continuada. A ordem é a alfabética, de acordo com o(a) autor(a):

Alex (Axixá do Tocantins, TO)

Edmilson (Pium, TO)

Enéas  (Arapoema, TO)

João Filho (Almas, TO)

Julio (Jaú do Tocantins, TO)

Marcello (Pium, TO)

Marla (Pium, TO)

Milena (Nova Olinda, TO)

Milene (Lajeado, TO)

Rodrigo - Fazenda Cubículo (Combinado, TO)

Rodrigo - Fazenda Paraíso (Combinado, TO)

Valtécio (Dianópolis, TO)

Zé Carlos (Araguatins, TO)


Saudações,

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Extensionistas rurais do Tocantins relatarão suas experiências dentro do Projeto ABC

O projeto Transferência de tecnologia para consolidação de uma agricultura com baixa emissão de carbono no Tocantins / ABC TO, coordenado pela Embrapa, vai chegando ao fim. O último módulo de capacitação continuada está marcado para os dias 4 e 5 de novembro, no auditório da Embrapa Pesca e Aquicultura, na capital Palmas.
Desta vez, o foco será no relato das experiências dos técnicos de extensão rural que participaram do ABC TO. O coordenador do projeto, pesquisador da Embrapa Deivison Santos, explica que "este é o oitavo e último módulo e para nós é muito importante que os técnicos que participaram do projeto apresentem o seu trabalho nas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) e a sua percepção a respeito do projeto, a metodologia empregada, o papel desempenhado por cada instituição. Isso será de grande valia para avançarmos com melhorias para os projetos futuros".
O ABC TO é um dos projetos que a Embrapa desenvolve no Tocantins dentro da perspectiva de incentivo a uma agricultura com baixa emissão de carbono. Segundo Deivison, "esses mais de três anos (do projeto) demonstraram que o nosso trabalho está apenas começando. Já estamos com o processo de continuidade em andamento, existem os projetos TT ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta) e ABC Leite TO. Além disso, estamos elaborando outros dois projetos: um com enfoque em recuperação de pastagens degradadas e outro em irrigação".
A ideia é repetir a metodologia que tem sido usada no ABC TO, que é a capacitação teórico-prática continuada, quando o técnico de extensão rural vai tendo acesso ao conhecimento teórico e pode aplicá-lo, na prática, em alguma propriedade por ele assistida. "Queremos ainda expandir para o Matopiba, levando as boas experiências do Tocantins para toda a região, colaborando com as instituições locais desses estados na elaboração de projetos que contribuam para o atingimento das metas estabelecidas pelo Plano ABC", afirma o pesquisador.
Programação – Antes dos relatos dos técnicos de extensão rural, haverá uma contextualização do Plano ABC no estado. O agrônomo Fernando Garcia, da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), vai falar sobre a formação do grupo gestor do plano no Tocantins.
Já Milene Magalhães, agrônoma do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), abordará capacitação de extensionistas rurais. Deivison vai falar sobre o ABC TO de maneira geral e Roberto Valladão, também pesquisador da Embrapa, sobre impactos do projeto.
Clenio Araujo (6279/MG)
Embrapa Pesca e Aquicultura

Telefone: (63) 3229-7836
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Prezados amigos,

É com grande satisfação que lhes encaminho o convite para o Módulo T7 - Final do Projeto ABC TO, que acontecerá entre os dias 04 e 05/11/2015 no auditório da Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas - TO.

Foram mais de três anos de trabalho, avançamos em alguns aspectos, outros ainda devem ser melhorados nos próximos projetos. Porém, o que mais vale é a experiência adquirida, que deve ser muito bem analisada para que sejam feitas melhorias.

Eu e o restante da equipe do projeto aguardamos vocês na próxima semana!


Saudações,


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Brasil tem tecnologia para reduzir emissões além da meta do Plano ABC

Estudo realizado pelo Projeto Observatório ABC (Agricultura de Baixo Carbono) revelou que o Brasil tem um potencial de mitigar a emissão de gases de efeito estufa nas atividades agropecuárias. Se apenas três tecnologias de mitigação geradas pela pesquisa e já disponíveis forem adotadas, o País potencialmente pode promover até 2023 uma redução mais de dez vezes maior do que a meta estipulada pelo Plano ABC do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O plano foi originalmente idealizado para recuperar 15 milhões de hectares degradados, mas poderia ser estendido a 60 milhões de hectares.
Se o País recuperar pastagens e promover integração lavoura-pecuária ou integração lavoura-pecuária-floresta, deixariam de ser lançadas na atmosfera 1,8 bilhão de toneladas de CO2 equivalente, que são todos os gases de efeito estufa produzidos na atividade medidos em comparação aos efeitos do gás carbônico. "Esse é um cálculo conservador, pois desconsidera outras tecnologias preconizadas pelo Plano ABC e abarca apenas os municípios brasileiros com pastagens degradas", declara o pesquisador Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária (SP) coordenador do estudo intitulado "Invertendo o sinal de carbono da agropecuária brasileira" do Observatório ABC. 
Para chegar aos resultados, os pesquisadores estimaram as emissões da agropecuária brasileira caso não houvesse a adoção das tecnologias e usaram estimativas de crescimento do setor elaboradas pelo Mapa e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nesse cenário hipotético, o Brasil chegaria a 2023 com um saldo de 3,62 bilhões de toneladas de CO2 equivalente. A boa notícia é que se somente as três tecnologias consideradas forem empregadas, todas as regiões brasileiras irão neutralizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no campo e ainda armazenariam um adicional de carbono no solo.
O trabalho considerou a pecuária bovina e sete culturas agrícolas: arroz, milho, trigo, cana-de-açúcar, feijão, algodão e pastagem. A pecuária é o maior emissor de GEEs e, entre as espécies agrícolas, a cultura do milho é a que mais produz esses gases seguida pela cana-de-açúcar, arroz, feijão e algodão. A soja, maior produto de exportação agrícola brasileiro, não apresentou emissões significativas por utilizar fixação biológica de nitrogênio (FBN) o que dispensa a aplicação de fertilizantes nitrogenados, principal fonte de emissão direta de GEE para essa lavoura.
Mais gado, menos gases
A mitigação promovida seria especialmente interessante no setor pecuário. Com a recuperação de pastos, de acordo com o documento, poderá haver um adicional de 0,75 unidade animal por hectare. Em 39 milhões de hectares, esse adicional será de 29,3 milhões de bovinos. "Essas cabeças adicionais teriam suas emissões neutralizadas e haveria ainda a vantagem de estocar mais carbono no sistema sem a abertura de novas áreas, é o chamado efeito poupa-terra", explica Assad. Ou seja, tecnologias como a recuperação de pastagens, além de colaborar para a mitigação dos GEEs também permitem o aumento da produção.
Outra pesquisa da Embrapa mostrou que o Brasil pode dobrar a área de suas plantações de grãos, atualmente com 55 milhões de hectares, e aumentar a lotação de seus pastos sem precisar abrir novas áreas agrícolas. O salto produtivo tem sido observado em propriedades que adotaram técnicas de sistemas de produção que associam a criação de gado à agricultura conhecidos pela sigla ILP (integração lavoura-pecuária).
"A recuperação dessas áreas representará um salto econômico e social, pois atingirá milhares de famílias que vivem no campo", aposta o pesquisador João Kluthcousky, da Embrapa Cerrados (DF). O pesquisador conta que a degradação veio do costume original do uso do campo no Brasil: o produtor abria a área para o gado, usava até exauri-la e depois abria outra área, e assim sucessivamente, deixando milhares de hectares de pastos degradados para trás.
Essa característica extrativista é típica do modelo de sistema extensivo de produção adotado na pecuária de corte brasileira, segundo lembra o entomologista José Raul Valério, pesquisador da Embrapa Gado de Corte (MS). Ele explica que as pastagens são a base da alimentação dos rebanhos e, por sua vez, são culturas de baixo valor por unidade de área, o que limita a adoção de medidas de correção e adubação do solo e até fitossanitárias. Assim, o produtor rural assemelha-se a um garimpeiro. "Após o desmatamento, a pastagem recém-aberta conta com a fertilidade natural do solo e raramente é adubada", conta o pesquisador.
A pastagem degradada geralmente sofre com a presença de insetos-praga, possui terra descoberta ou com pouca cobertura vegetal e incidência de doenças e plantas invasoras. Todos esses sintomas, no entanto, são uma parte pequena frente ao quadro geral da degradação, o que levou o pesquisador a construir uma analogia com a figura de um iceberg. "Esses sintomas não são a essência do problema que está sob o nível do solo e, por isso, é menos visível", pontua. O solo nesse estado é mais compactado (duro). Esse componente físico alia-se a fatores químicos como a baixa fertilidade e queda no vigor, na produtividade e na qualidade do solo. Valério acredita que mais do que gerar novas tecnologias, é necessário implementar as já existentes.
Por essas razões, os pesquisadores mostram que a recuperação dos pastos degradados, além de promover benefícios ambientais, pode dar um impulso importante à pecuária bovina. "A carne produzida a pasto no Brasil é majoritariamente oriunda de pastagens e muito pouco complementada por grãos, como na Europa e Estados Unidos, na qual a produção se dá primordialmente em confinamentos. Trata-se de uma carne que não oferece riscos à segurança alimentar, se vista pelo ângulo da competição com os humanos, e uma das mais  baratas e competitivas do mundo", afirma do pesquisador Manuel Macedo, da Embrapa Gado de Corte. Essa competitividade, segundo ele, já provoca reações do mercado mundial. "Há muita gente preocupada com nosso papel crescente nesse mercado mundial, no qual tem-se criado dificuldades por meio de barreiras sanitárias, por vezes exageradas, e outros óbices, como acusações de grandes emissões de gases do efeito estufa pela nossa pecuária, exagerado consumo de água, entre outros", afirma Macedo que também defende a ampla transferência das tecnologias envolvidas na recuperação.
Existem diversas tecnologias para recuperar pastagens. Conheça algumas disponíveis para adoção pelos produtores brasileiros
Integração lavoura-pecuária (ILP)
Em fazendas do oeste paulista e oeste paranaense, alternar dois anos de plantio de soja seguidos de dois anos de capim permitiu quintuplicar o número de animais no pasto. Além disso, o custo de produção por arroba caiu da faixa entre R$70 e R$100 para um valor entre R$30 e R$50. O segredo está na melhora da qualidade do pasto obtida pela alternância de espécies vegetais. Solos saudáveis produzem forrageiras de melhor qualidade nutricional e em maior volume. Ao se evitar a exaustão do solo a produção de soja também melhora. Vale ressaltar que a pesquisa obteve esses resultados com solos arenosos, um complicador relevante. "São solos considerados difíceis, mas que com o uso da tecnologia se tornam fáceis de manejar", declara o pesquisador João Kluthcouski, da Embrapa Cerrados. https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/3183569/integracao-com-lavoura-quintuplica-lotacao-animal-apos-recuperar-pastos
Um experimento realizado pela Embrapa Agropecuária Oeste (MS) na região conhecida como Bolsão Sul Mato-Grossense, que engloba 16 municípios, chegou a resultados surpreendentes. Os pesquisadores estimam que se fosse adotado um sistema de integração Lavoura Pecuária (ILP) nos moldes do sistema São Mateus, em apenas um terço da área disponível nessa região, que soma um milhão de hectares, haveria incrementos na produção da ordem de 15 milhões de sacos de soja e 12 milhões de arrobas de carne por ano, o que representaria um acréscimo anual superior a R$1,7 bilhão de reais para a região.
O São Mateus é um sistema ILP que consiste na antecipação da correção química e física do solo e do cultivo da soja em plantio direto, no qual a o plantio se dá sobre a palha da cultura anterior. Ele reduz os custos de recuperação da pastagem.
Leguminosas no pasto
Plantar feijão guandu associado ao capim braquiária é ótimo para o solo, nutritivo para o animal e excelente para a produtividade. Foi o que demonstraram pesquisas realizadas pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP), que recuperaram pastagens e promoveram ganho de peso médio de 51% por animal em comparação à situação anterior. O ganho de peso por hectare também foi maior por safra, 55% na primeira e 170% na segunda safra. A Embrapa desenvolveu a variedade Guandu BRS Mandarim, utilizada no experimento e que consiste numa opção viável aos pequenos produtores, por seu baixo custo de produção e fácil manejo. O guandu ainda serve de alimento ao gado na estação seca. 
Além dessas vantagens, o guandu promove a chamada adubação verde. "Por ser uma leguminosa, o guandu fixa nitrogênio nas raízes. Assim, o produtor recupera o pasto sem usar adubação nitrogenada. É uma maneira eficiente e prática de recuperar uma pastagem, gastando menos", ressalta o pesquisador Rodolfo Godoy, da Embrapa Pecuária Sudeste.
Régua de manejo de pastagem
Saber o momento ideal para colocar ou retirar o gado no pasto sempre foi um problema para os produtores. Para facilitar na tomada de decisão, a Embrapa desenvolveu a régua de manejo de pastagem. Trata-se de um bastão graduado indicando o momento de introduzir ou retirar animais do pasto de acordo com a altura do capim. A graduação varia de acordo com a espécie de forrageira. "O manejo correto varia em função da espécie de capim, da lotação e da época do ano, por isso é um desafio para o pecuarista", explica o zootecnista Haroldo Pires de Queiroz, um dos idealizadores da ferramenta. 
No pastejo contínuo, a régua mostra se é preciso aumentar ou diminuir a taxa de lotação no campo. No rotacionado, a ferramenta indica quando deve ocorrer a entrada e a retirada de animais. A taxa de lotação mais adequada corresponde àquela que permitir o consumo de toda a forragem entre as alturas de entrada e saída, em um período de um a sete dias. 
"Dos 200 milhões de hectares que temos de pastagens no Brasil, 60 a 70 milhões apresentam-se degradados e o superpastejo, quantidade excessiva de animais na área, é o grande responsável por isso", ressalta Queiroz. Cada capim possui suas características de manejo e o instrumento considera tais características. 
Fabio Reynol (MTb 30.269/SP)
Secretaria de Comunicação Embrapa
Dalizia Aguiar (MTb 20/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte

Telefone: (67) 3368-2144
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Fonte: Portal da Embrapa, 22 de setembro

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Empresários lançam documento com propostas para economia de baixo carbono

Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura tem objetivo de propor medidas para tornar país líder em sustentabilidade
 
Representantes de associações empresariais e organizações da sociedade lançaram nesta quarta-feira (24/6), na capital paulista, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. O objetivo é propor formas de contribuir para a construção de uma nova economia de baixo carbono que seja competitiva, responsável e inclusiva, mas que se alinhe com as agendas de proteção, conservação e uso sustentável das florestas na agricultura e na redução e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.

“Pretendemos promover e propor políticas públicas, ações e mecanismos financeiros e econômicos para o estímulo à agricultura competitiva e de baixo carbono, pecuária e economia florestal que impulsionem o Brasil como protagonista na liderança global da economia sustentável”, diz o documento divulgado pelo grupo, que deverá ser utilizado para subsidiar as propostas que o Brasil levará à 21ª Conferência do Clima, prevista para este ano, em Paris.

As entidades que aderiram ao projeto pretendem propor medidas que viabilizem a redução das emissões brasileiras de gases responsáveis pelo efeito estufa para garantir que, a partir de 2020, a emissão por pessoa seja menor ou igual à da média global. Além disso, a coalizão quer promover a recuperação de todas as áreas de preservação permanente e reserva legal, de acordo com o previsto na legislação, e desenvolver plantios florestais econômicos em áreas degradadas.

A presidenta do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, Marina Grossi, destacou que o Brasil é protagonista nos debates sobre preservação florestal. De acordo com Marina, o Brasil tem tecnologia de redução de gás carbônico, o que interessa “do ponto de vista de negócios”.Para ela, isso é fundamental e o país precisa mostrar essa oportunidade para o mundo. “Aqui se abre um processo para ir além de 2015.”

O secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, ressaltou que o desafio proposto aos empresários é grande, já que, segundo um estudo feito pela Universidade Federal de Santa Catarina, entre 1991 e 2012, houve 127 milhões de brasileiros afetados por desastres naturais “decorrentes de um clima extremo e hostil”. No período, os registros de municípios em situação de emergência ou calamidade pública chegaram a oito por dia.

“Entre janeiro deste ano e 12 de junho, tivemos 2.054 cidades que entraram em estado de calamidade pública ou emergência no país. De certa forma, o que estamos fazendo é unir diferentes em torno de uma mesa para pensar em como Brasil pode enfrentar esse desafio para transformar nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas”, disse Rittl.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, afirmou que é preciso lembrar da importância de incorporar a questão da sustentabilidade nas negociações internacionais de comércio. “Não dá para fazer essas discussões separadas. Precisamos do apoio de todos para conseguir conciliar as duas coisas.” Junqueira acrescentou que o importante é a forma como a sociedade vai interagir nesses temas. “O caminho para uma sociedade de baixo carbono vai exigir esforços setoriais e individuais muito grandes. A coalizão é uma plataforma para facilitar essas discussões.”

Autoria: Agência Brasil

Fonte: Agroin Comunicação,  25 de junho
 

MAPA trabalha para implantar Plano ABC em mais Estados brasileiros

Atualmente dez unidades da Federação já desenvolvem planos e outras seis devem começar a executá-los em pouco tempo

O mês de julho será de intensas atividades nos estados para a implementação do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (Depros/SDC/Mapa), está trabalhando em parceria com os Grupos Gestores Estaduais (GGE) – formados por representantes do setor agropecuário local, pelas Superintendências Federais de Agricultura (SFA) e coordenado pelas Secretarias Estaduais de Agricultura – para que as unidades federativas elaborem seus Planos ABC Estaduais.

Esses planos devem conter o cenário agropecuário das localidades, objetivos, metas, estratégias, áreas prioritárias, quantidade de capacitações a serem realizadas e necessidades e oportunidades de cada região. Por isso, no início de julho, serão realizados seminários de sensibilização na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Acre.

Os seminários visam a mostrar aos produtores rurais, associações, entidades representativas do setor agropecuário, órgãos e instituições como funciona o Plano ABC, quais são as tecnologias disponibilizadas e como elas podem ser aplicadas nas propriedades de forma a contribuir para a melhoria da qualidade da vida e da elevação da renda do produtor rural. 

Em dez unidades da federação – Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Maranhão e Amazonas – os Planos ABC Estaduais já estão prontos e estão sendo colocados em prática.

Necessidades. Segundo o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Depros, Elvison Ramos, os planos desenvolvidos pelos Estados atendem com mais eficiência à realidade de cada localidade. “Os representantes do setor agropecuário de cada região conhecem melhor e com mais profundidade as necessidades da agricultura e da pecuária com relação à sustentabilidade na produção. ”

Por isso, acrescenta Ramos, durante os seminários e oficinas para a elaboração e implementação dos planos, os representantes do setor devem propor os objetivos, escolher as tecnologias que melhor se aplicam e definir as metas de acordo com aquilo que a região precisa, observando as limitações ambientais e oportunidades de melhoria. “O Mapa acompanha todas as etapas para a implementação dos planos estaduais”, assinala.

Os Estados do Pará, Rondônia, Ceará, Piauí, Sergipe e Paraná já estão com os planos prontos, aguardando apenas a publicação oficial para que sejam implementados. Em Alagoas, será realizada no final de julho a Oficina de Trabalho para a construção do Plano ABC Estadual, que é o passo seguinte após a realização dos seminários de sensibilização. “O objetivo dessa oficina é construir um documento preliminar ao plano para posterior publicação”, ressalta Ramos.

Adesão. A adesão ao Plano ABC vem crescendo a cada Plano Agrícola e Pecuário (PAP). No ano-safra 2014/2015, de julho a maio de 2015, já foram desembolsados R$ 3,09 bilhões. A expectativa para o PAP 2014/2015, que termina no dia 1º de julho, é de que as contratações cheguem a R$ 3,2 bilhões.

Para a safra 2015/2016, o Plano Agrícola e Pecuário disponibilizou para o Programa ABC R$ 3 bilhões para financiamento das tecnologias sustentáveis que, além de promover benefícios ambientais, aumentam a produtividade e consequentemente a renda do produtor rural.

O prazo para pagamento pode chegar a 15 anos, com 3 anos de carência. Os juros para produtores do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) são de 7,5% e do Programa ABC é de 8% ao ano. O médio produtor que apresentar projeto com as tecnologias do ABC terá juro de 7,5% disponibilizado.

Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.

Fonte: Feed & Food, 26 de junho

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Grupo Gestor do ABC Tocantins apresenta resultados de ações em reunião em Brasília

17/06/2015 - Eliane Tenório - Núcleo Agricultura

O engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), e também coordenador do Grupo Gestor do ABC Tocantins, Fernando Fernandes Garcia participou, no último dia 11, em Brasília (DF), da oficina “Monitoramento e Avaliação dos Planos ABCs nos Estados da Amazônia Legal”, promovida pelo Observatório ABC.

O encontro aconteceu para realizar trocas de experiências e informações entre os grupos Gestores do Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) nos estados da Amazônia legal. Participaram do evento representante do Plano dos estados, do Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

Segundo Fernando Garcia, o Observatório ABC vem participando do monitoramento do Plano ABC por acreditar nas ações propostas no Plano ABC. O Tocantins aplicou recursos, no período de julho de 2011 a fevereiro de 2015, no valor de R$ 453,9 milhões, com a realização de 1.923 contratos de crédito rural, o que dá ao estado o status de 1° lugar da região norte e 7° no Brasil na aplicação de recursos do crédito rural do Programa ABC.

“Essa foi uma grande oportunidade de mostrar os bons resultados obtidos pelo Tocantins nas atividades e execução do plano ABC, graças às ações implementadas pelo grupo gestor”, disse. O compromisso do Tocantins é contribuir de 8,5 a 10,5%, da meta nacional que é a de reduzir de 36,1 a 38,9%, das emissões de gases de efeito estufa, no período de 2010 a 2020.

Mais ações

De acordo com Fernando Garcia, o Grupo Gestor do Plano ABC para o Tocantins vem sendo desenvolvido desde 2011 e nesse período o Tocantins realizou ações como a divulgação de informações e realização de cursos de capacitação, instalação de 40 unidades de referências tecnológicas em 26 municípios tocantinenses, e a participação de 5.400 pessoas em diversos eventos técnicos.

ABC no Tocantins

Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o qual é composto por um conjunto de ações voltadas a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção agropecuária, com metas estabelecidas até 2020 e parte da Política Nacional de Mudanças Climáticas e dos compromissos assumidos pelo Brasil na 15ª Conferência das Partes (COP-15), da Convenção do Clima.

Observatório ABC

O Observatório ABC é uma iniciativa voltada a engajar a sociedade no debate sobre a agricultura de baixo carbono. Coordenado pelo Centro de Estudo de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (GVAgro) e desenvolvido em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces), tem como foco a implementação do Grupo Gestor

Grupo gestor

No Tocantins o grupo gestor é composto por servidores da Secretaria de Seagro, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPT), Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Faculdade Católica do Tocantins (Facto), Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DFMDA), Superintendência Federal da Agricultura no Estado do Tocantins (SFA-TO), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Embrapa Pesca e Aquicultura (CNPASA – Embrapa), Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar- TO), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-TO), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (FAET), Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), Sindicato e Organização das Cooperativas no Estado do Tocantins (OCB-TO), The Nature Conservancy (TNC Brazil).

Fonte: site da Secretaria de  Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) do Tocantins